Presidente da Procergs deixa função na estatal
O diretor-presidente da Procergs, Ronei Ferrigolo, entregou nesta terça-feira ao secretário adjunto da Fazenda e presidente do Conselho da Companhia, Ricardo Englert, pedido de afastamento das suas funções na estatal. Ferrigolo alegou que deu por encerrada sua missão de “colaborar em um projeto de modernização e de aumento de eficiência da Procergs e que há resistências que por vezes extrapolaram o razoável debate profissional, tornando o tempo gasto com denúncias infundadas e boatos desproporcional e contraproducente”.
O secretário Englert aceitou o pedido de afastamento e anunciou que interinamente a função será assumida pelo vice-presidente da companhia, Ademir Piccoli. Segundo Englert, a saída do diretor-presidente não altera em nada a meta para a companhia, que é torná-la mais moderna, com foco no serviço público e com redução de custos para todos os órgãos. “Tivemos importantes avanços sob a administração de Ferrigolo e continuaremos fazendo mais com menos para que a Procergs colabore no processo de ajuste fiscal do Estado e na modernização da gestão pública”, disse Englert.
O anúncio de Ferrigolo ocorreu logo após a entrega da primeira parcela do Programa de Participação nos Resultados (PPR). Uma funcionária da empresa representando o corpo funcional recebeu um cheque simbólico no valor de R$ 1,5 milhão. O PPR é um projeto que foi resgatado pela atual gestão da companhia e tem por objetivo estabelecer um ambiente de trabalho cooperativo entre diretoria, gestores e funcionários, buscando o atingimento de melhores resultados e distribuindo bônus quando são cumpridos os resultados contratados entre empresa e governo do Estado.
Em carta entregue ao presidente do Conselho, destacou que durante um ano em que esteve à frente da companhia houve um amplo programa de mudanças que cumpriu com todas as metas estabelecidas pelo governo do Estado, entre as quais a redução de 21% dos custos do governo com a Procergs (representando mais de R$ 12 milhões em 2008), redução de 20% do custeio interno, investimentos na infra-estrutura da empresa, implantação do ERP e de um sistema de gestão, redução de diretorias e da estrutura geral. Entre as medidas adotadas para a redução de custos, estão a revisão de contratos e a redução de gastos com materiais e de outras despesas de custeio.