Ricardo Englert assume cargo de Secretário da Fazenda
A governadora disse que não teme pela volta do déficit público, citando os grandes avanços humanos como exemplo de garantia para que isso não ocorra. "Quando a mentalidade evolui, não dá mais para voltar atrás", enfatizou. Ao dar as boas-vindas ao novo secretário, Yeda Crusius disse que o governo vai continuar trabalhando no mesmo ritmo, sem abdicar da intensidade que o caracterizou nos dois primeiros anos. "Vamos continuar trabalhando porque sabemos onde podemos e queremos chegar", acrescentou.
Emocionado, Englert disse que vai zelar pelas conquistas, acompanhar a arrecadação e controlar as despesas. Citou como desafio a consolidação do ajuste fiscal, definido por ele como um valor da sociedade. "No momento em que a população perceber que o governo só gasta aquilo que arrecada, isso passa a ser uma coisa posta", afirmou.
Entre as ações para enxugar as despesas públicas, o novo secretário da Fazenda observou que o pagamento das faturas em dia estimula os fornecedores a disputar as licitações, o que gera economia nas compras do Estado. Englert disse que a Secretaria vai continuar revertendo perdas de receita, através de instrumentos como o controle da sonegação e o Programa de Acompanhamento do Contribuinte (PAC) Inteligente.
Lembrou ainda que o Rio Grande do Sul é o segundo estado brasileiro que mais emite notas fiscais eletrônicas. E referindo-se ao movimento das tricoteiras, salientou que o ajuste fiscal e o gerenciamento de despesas e receita permitiram o pagamento de um grande volume de precatórios, que se acumulavam há cerca de dez anos.
Perfil
Nascido em Porto Alegre, Ricardo Englert participou, como economista, do Conselho de Implantação do Pólo Petroquímico de Triunfo. Iniciou sua atuação na área financeira no Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul (Badesul), onde foi chefe do Departamento Financeiro. Depois, no Banrisul, foi técnico do Departamento de Investimento e Desenvolvimento (Desin), diretor de Administração e Gestão de Recursos de Terceiros (Asset Management) e diretor comercial.
Já foi também diretor-técnico da Junta de Coordenação Financeira do Estado e diretor-presidente da Caixa de Administração da Dívida Pública do Estado (Cadip). Por duas vezes, ocupou o cargo de secretário-adjunto da Fazenda - no período entre 1995 e 1998 e, atualmente, no governo Yeda Crusius.