Seu navegador tentou rodar um script com erro ou não há suporte para script cliente
Início do conteúdo
Você está aqui: Página inicial > Comunicação e Transparência > Notícias > Comissão de Finanças aprova por unanimidade relatório do Orçamento 2021
RSS
Notícias
Publicação:

Comissão de Finanças aprova por unanimidade relatório do Orçamento 2021

Print da tela durante sessão ao vivo
Relatório incluiu 293 emendas de um total de 347 sugestões de alterações no texto original - Foto: Reprodução / Agência ALRS

Os parlamentares que integram a Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa aprovaram, em reunião virtual realizada nesta quinta-feira (19/11), o parecer favorável do deputado Mateus Wesp ao projeto da Lei Orçamentária para o exercício financeiro de 2021. O relatório teve aprovação unânime da Comissão e incluiu 293 emendas de um total de 347 sugestões de alterações no texto original. Com previsão de déficit de R$ 8,1 bilhões, a proposta do Orçamento 2021 segue agora para votação em plenário na próxima semana. O prazo para sanção do governador Eduardo Leite se encerra em 30 de novembro.

Durante a reunião, o relator fez referência aos encontros com a sociedade para debater a lei orçamentária e anunciou que o governo encaminhará proposta para que o realismo orçamentário se torne uma política de Estado e, também, matérias sobre o duodécimo e teto de gastos. Essas iniciativas fizeram parte do parecer elaborado por Wesp como alternativas diante da crise fiscal enfrentada pelo estado.

Em seu relatório, o deputado abordou o cenário recessivo da economia mundial e seus efeitos no país, em especial pelos desdobramentos da pandemia, assim como os riscos com a ameaça de uma nova estiagem no Rio Grande do Sul. “A plena superação da crise está condicionada à superação da pandemia, além da estiagem”, destacou, prevendo os reflexos nas contas públicas.

A aprovação das reformas administrativa e previdenciária já mostrou números positivos, cerca de R$ 500 milhões e queda do déficit previdenciário, mas a pandemia e a estiagem agravaram o desequilíbrio fiscal. “É nesse cenário que a lei orçamentária chegará em 2021”, afirmou.

A perda de receita tributária com a pandemia é confirmada com a queda de R$ 848 milhões no ICMS, redução de 7,6%, mesmo com os benefícios alcançados pela União, que se somará à subtração de R$ 2,85 bilhões do ICMS com o término das alíquotas majoradas no próximo ano. 

Disso resulta o déficit previsto de R$ 8,1 bilhões – já computadas as perdas com a queda das alíquotas extraordinárias do ICMS e o provisionamento das parcelas da dívida com a União, cujo pagamento está suspenso por liminar do Supremo Tribunal Federal (STF).

Por conta de problemas estruturais antigos e o fim na virada do ano das alíquotas majoradas de ICMS, o que isoladamente representa perda de R$ 2,85 bilhões em receita bruta, o Orçamento 2021 prevê déficit de R$ 8,1 bilhões. O quadro se agrava com as perdas de até R$ 3 bilhões decorrentes do novo Fundeb e R$ 2,4 bilhões caso o Estado precisar ampliar o aporte para quitar os precatórios até 2024. Com esses riscos ficais, o déficit pode alcançar R$ 13 bilhões no próximo ano.

 

Reformas

O cenário seria mais grave se não fossem as reformas estruturais já aprovadas desde o ano passado, que trouxeram mudanças nas carreiras de servidores e em questões previdenciárias. As despesas com salários e os encargos sobre a folha estão projetadas em R$ 31,832 bilhões.
O total é quase R$ 700 milhões inferior ao que estava, inicialmente, projetado na LDO, quando o gasto com pessoal previa total de R$ 32,529 bilhões ao longo do próximo exercício.

A área da segurança pública, incluindo o sistema penitenciário, terá despesas que somadas chegam a R$ 11,450 bilhões. Para a educação estão destinados R$ 9,135 bilhões. Com a entrada em vigor do novo modelo do Fundeb, as perdas estimadas pelo Estado no financiamento do ensino fundamental devem alcançar R$ 1,89 bilhão no próximo ano. Para atender a destinação mínima nos serviços de saúde pública o Orçamento 2021 estipula despesas de R$ 4,450 bilhões.

O resultado primário (quando são desconsideradas algumas despesas, como os serviços da dívida, estimados em R$ 4,5 bilhões) tem déficit previsto em R$ 3,842 bilhões, quase três vezes o que está projetado para este ano. As operações intraorçamentárias estão fixadas em R$ 15,958 bilhões, recuo de 2% na comparação ao orçamento de 2020.

Pelo segundo ano consecutivo a proposta orçamentária destina R$ 55 milhões para emendas individuais de deputados. Cada parlamentar pode indicar a destinação de R$ 1 milhão. Neste ano, o montante foi destinado prioritariamente para as ações de combate ao avanço da Covid-19.

 

Sobre a LOA

A Lei Orçamentária Anual (LOA) compreende as receitas e despesas da administração direta e indireta do Estado do Rio Grande do Sul, seus fundos, órgãos, inclusive suas fundações e autarquias. Elaborado pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão a partir de uma série de reuniões técnicas com as secretarias e demais Poderes e órgãos autônomos, o orçamento deve ser compatível com o Plano Plurianual (PPA) e em conformidade com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

 

Texto: Pepo Kerschner/Ascom SPGG
Edição: Marcelo Flach/Secom

Endereço da página:
Copiar
Secretaria da Fazenda