Governador recebe estudo sobre as despesas de custeio do Estado
Governador recebe estudo sobre
as despesas de custeio do Estado
Um estudo com medidas para melhorar a arrecadação, racionalizar gastos e processo de trabalho e estruturas foi apresentado nesta segunda-feira (30), no Palácio Piratini, ao governador Tarso Genro. O secretário da Fazenda, Odir Tonollier, e integrantes da direção do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP) mostraram um diagnóstico das despesas de custeio, que soma R$ 3,3 bilhões.
Do total, 66% (R$ 2,3 bilhões) são de responsabilidade das secretarias da Saúde, Educação e Segurança Pública. O diagnóstico, o mapeamento e a reestruturação de cada área estão sendo feitos há dez meses - através de convênio com o Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG) - sob a coordenação da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e apoio do INDG, dentro do convênio com o PGQP. São três projetos: Gerenciamento Matricial da Receita (GMR), Gerenciamento Matricial da Despesa (GMD) e Reestruturação de Processos (ROP).
O governador pediu uma nova reunião para apresentar outra proposta. "Essas práticas devem ser institucionalizadas e incorporadas às rotinas de gestão do Governo do Estado". Tonollier afirmou que envolver os servidores das secretarias ao projeto é um grande desafio. "Isto é uma ferramenta que vem de fora da estrutura do Estado. Se não for bem assimilada pelos dirigentes de cada secretaria, ela não terá os resultados".
A meta do Governo do Estado é fornecer a ferramenta para as secretarias, com informações de desempenho, e mostrar oportunidades de orientar seu orçamento para as atividades fim. "O caminho é conhecer a situação atual, traçar metas e mapear resultados. Este custeio é três vezes o valor do nosso investimento, então temos de trabalhar em conjunto para evitar o desperdício, seja na água, na luz ou na alimentação", afirmou o secretário.
Presidente do Conselho Diretor do PGQP, Ricardo Felizzola destacou as novas metodologias apresentadas pelo programa. "O Estado investe hoje R$ 1 bilhão. Se nós, nesses R$3,3 bilhões, economizarmos 30%, que é uma economia muito ambiciosa, nós praticamente dobramos a possibilidade de investimento. Não é uma questão de corte de despesas, mas de melhor aplicação dos recursos de tal forma que os serviços também possam ser executados de uma forma melhor sem a necessidade de mais investimentos",
Consultor sócio da INDG, Bayard Loureiro explicou o diagnóstico das despesas de custeio. "A apresentação mostra o trabalho feito em dez meses de vigência de contrato, visando às atividades fim e não apenas atividades consideradas ‘meio como estávamos acostumados". O trabalho é desenvolvido diretamente por servidores operacionais das secretarias. No caso do GMD, o projeto vai acompanhar as principais despesas (como água, luz, manutenção) em cada uma das unidades administrativas do Estado, como escolas, penitenciárias, hospitais.