Estado anuncia calendário de pagamento de março
Cerca de 92% dos servidores do Executivo recebem a totalidade do salário em dia até sexta
O governo do Estado anunciou, nesta segunda-feira (26), o calendário de pagamento do mês de março. Nos próximos dias 28, 29 e 30 de março, todos os servidores do Executivo que recebem até R$ 2,5 mil terão o salário pago na totalidade e em dia. Esse grupo corresponde a 92% das matrículas do Executivo. Quem ganha acima desse limite receberá os mesmos R$ 2,5 mil dentro do calendário normal e terá o restante complementado no dia 10 de abril.
Na próxima quarta-feira (28), recebem os servidores do magistério, quadro geral, servidores de escola e inativos ferroviários. Na quinta-feira (29), serão pagos os salários dos quadros de nível médio da saúde e segurança pública. (exceto oficiais da Brigada Militar e delegados de Polícia Civil). Na sexta-feira (30), recebem os demais servidores do Executivo.
Do total de ativos, inativos e pensão vitalícias, que somam 274 mil matrículas, 253,8 mil serão pagos em dia até 30 de março a limitação dos pagamentos até R$ 2,5 mil também inclui as pensionistas do IPE, que receberão na sexta-feira.
A falta de recursos para pagar a totalidade da folha de março em dia havia sido anunciada pela governadora Yeda Crusius na última quarta-feira (21), devido a uma série de fatores estruturais das finanças gaúchas, como a baixa arrecadação do mês de março, o impacto da redução das alíquotas de ICMS que vigoravam até dezembro passado e a falta de recursos extras para cobrir esse déficit.
Além disso, em março, houve um aumento da despesa com pessoal de R$ 14 milhões devido a reajustes concedidos no ano passado. A Secretaria da Fazenda esperou até a última sexta-feira para acompanhar a evolução da arrecadação, mas não houve mudança quanto à expectativa inicial e, este mês, os recursos provenientes de ICMS devem ficar próximos a R$ 900 milhões.
“É lamentável que uma parcela dos servidores gaúchos não receberá todo o salário em dia, mas, graças à contenção de despesas feita nos últimos meses foi possível garantir, dentro da normalidade, o pagamento daqueles que têm os menores salários. Essa situação reflete a gravidade das finanças públicas gaúchas e a necessidade de enfrentarmos com firmeza esse problema para recuperar a capacidade do Estado de investir”, destacou o secretário da Fazenda, Aod Cunha, lembrando que nos dois primeiros meses do ano a economia gerada com a redução de gastos de custeio e de investimentos foi de R$ 276 milhões, em relação aos gastos previstos com relação ao Orçamento aprovado em 2007.
