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Rio Grande do Sul é um dos 25 estados de futuro na América do Sul

Rio Grande do Sul é um dos 25 estados de futuro na América do Sul

Um estudo realizado pelo grupo do diário inglês Financial Times considerou o Rio Grande do Sul o 9º estado mais promissor em todo o continente sul-americano. O levantamento apontou os 25 “estados de futuro” na região no que diz respeito a investimentos internacionais.

Na lista, o Rio Grande do Sul aparece na frente de Minas Gerais (11º) e Paraná (12º) e entre os brasileiros, só fica atrás de São Paulo – que foi o campeão – e Rio de Janeiro (3º lugar).

A pesquisa fez também recortes nos resultados, levando em consideração a população dos territórios analisados. Entre os “grandes” – aqueles que possuem mais de 4 milhões de habitantes – o Estado aparece ainda melhor colocado, como o 7º mais promissor em todo o continente. Ao todo, foram apontadas as condições de investimento em 237 regiões com governos autônomos na América do Sul (o que inclui capitais como Santiago do Chile e Buenos Aires, na Argentina).

“Estamos bastante entusiasmados! São dados que mostram uma mudança estrutural no perfil econômico do Estado, não apenas fruto de uma conjuntura. Estamos atraindo grandes investimentos, gerando postos de trabalho, diversificando a matriz produtiva investindo em novos setores”, comemora o secretário do Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik.

O economista da FEE, Alfredo Meneghetti Neto, que estuda há 30 anos a relação entre capacidade de investimento e indução do desenvolvimento do Estado com os resultados econômicos concorda. “Podemos estar assistindo a uma mudança em algumas variáveis que prejudicavam historicamente o Rio Grande do Sul diante de outros estados brasileiros. Isso traz, sobretudo, um ânimo muito forte às empresas instaladas aqui”, argumenta.

Os critérios utilizados para compor o ranking foram: potencial econômico, capital humano, custo efetivo, infraestrutura, ambiente propício aos negócios e estratégia de atração de investimentos estrangeiros diretos. “Dentro destas variáveis utilizadas, efetivamente, o Rio Grande do Sul tem se mostrado um estado atrativo no Brasil”, avalia Meneghetti Neto.

No primeiro quesito, potencial econômico, o Rio Grande do Sul é o 6º colocado entre os grandes estados sul-americanos. De fato, o crescimento do PIB em 2013 – 5,8% – foi o maior do país, desempenho que Meneghetti Neto acredita que deve se repetir em 2014. “Ao que tudo indica, continuaremos crescendo bem acima da média nacional”, resume.

Também a medição do desempenho das indústrias instaladas em cada unidade da federação colocou os gaúchos no topo do ranking, com um índice de desenvolvimento de 6,8% no ano passado.

No quesito PIB per capita – que mede a qualidade de vida da população – o Rio Grande do Sul alcançou o valor de R$ 27.813,21, um aumento de 5,3% em relação ao ano anterior.

A taxa de desemprego da Região Metropolitana de Porto Alegre é a menor em todo o país (5,6% segundo a FEE e 3,5% na ótica do IBGE). E segundo os dados divulgados essa semana do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Estado é o segundo maior gerador de novos postos de trabalho no Brasil.

Sala do Investidor cria ambiente para negócios
A avaliação dos editores da revista que promoveu o estudo é que, no quesito estratégia para atração de investimentos estrangeiros o Rio Grande do Sul está na 6ª colocação na América Latina.

A criação de um ambiente favorável aos negócios no Estado teve como grande propulsor a constituição do Sistema de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul, formado por SDPI, AGDI (braço executivo da pasta de atração de investimentos), Badesul, BRDE e Banrisul, que trabalham conjuntamente estímulos à economia gaúcha.

Um dos grandes destaques desta política é a Sala do Investidor, na qual representantes de todas estas instituições – e ainda de outras secretarias de Estado – sentam-se à mesa com empresários interessados em iniciar ou ampliar negócios em território gaúcho. Os encontros têm como meta agilizar a instalação de novos negócios no Estado.

Em pouco mais de três anos de existência, essa ferramenta já consolidou a chegada de R$ 44,6 bilhões em investimentos provenientes de 418 empreendimentos. “São grandes projetos industriais”, pontua o secretário.

Recursos para infraestrutura chegam a R$ 10 bilhões
A infraestrutura do Rio Grande do Sul é apontada pela pesquisa como a 8ª melhor entre os estados com mais de 4 milhões de habitantes na América do Sul.

Ainda fortemente dependente de estradas, a logística gaúcha está recebendo investimentos de R$ 10 bilhões entre contratos em execução e aqueles já acordados. “Partimos de um estudo feito pela Fiergs que apontava a necessidade de R$ 15 ou R$ 20 bilhões para recompor a malha logística do Estado, que havia décadas estava abandonada”, recorda o secretário de Planejamento, Gestão e Participação Cidadão, João Motta.

Ele destaca entre as obras já entregues a BR 448, a duplicação da BR 116 entre Porto Alegre e Pelotas e o anel rodoviário dessa cidade na metade sul do Estado, que recebeu investimentos de R$ 400 milhões.

Motta garante que outras intervenções importantes estão a ponto de iniciar, como o segundo trecho da Rodovia do Parque, entre Sapucaia e Estância Velha, a construção da ligação entre Santo Ângelo e Santa Maria, a duplicação da estrada entre Eldorado do Sul e Pântano Grande, que já está licitada.

A inclusão do Rio Grande do Sul no Programa Nacional de Aeroportos Regionais permitiu a eleição de três terminais prioritários entre os 16 levantados no projeto federal: Rio Grande, Passo Fundo e Caxias do Sul, que é o mais avançado nas tratativas. "Já temos R$ 15 milhões para indenizações de áreas a serem desapropriadas e o estudo do local está em fase de conclusão", anuncia Motta.

Mas desenvolver outros modais no transporte de mercadorias e pessoas no Estado é também foco da Seplag. O estudo de viabilidade da Hidrovia do Mercosul está concluído e a sua implantação beneficiará a indústria de madeira para celulose e todas as empresas e produtores rurais que operam no Polo Naval de Rio Grande. "E teremos ainda a Ferrovia Norte-Sul, cujo traçado original terminaria em Panorama, São Paulo e foi modificado a pedido dos governadores da Região Sul, para que chegue até Rio Grande", lembra.

Hoje, o investimento anual no Porto de Rio Grande é calculado em R$ 100 milhões “utilizados em manutenção, dragagem e melhorias dos canais”. O terminal é considerado o mais eficiente do Brasil (e o sétimo no mundo) para a movimentação de grãos. Não é à toa que as exportações gaúchas também tenham batido recordes no último ano, totalizando US$ 25 bilhões, 44% acima do registrado em 2012.

Qualificação da mão-de-obra é decisiva
Os critérios utilizados para avaliação do capital humano pelo grupo Financial Times em sua pesquisa sobre destinos promissores de investimentos internacionais mostram que iniciativas que incidam sobre a qualificação da mão-de-obra são fundamentais. Segundo este quesito, o Rio Grande do Sul é o 7º melhor entre os grandes estados sul-americanos.

Com o quarto melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país (0,832), o Rio Grande do Sul vem apostando na formação de sua força de trabalho. O Pacto Gaúcho pela Educação Profissionalizante, Técnica e Tecnológica, criado em 2011, é uma iniciativa inédita no Brasil que reúne atores públicos e privados que analisam as necessidades de profissionais no mercado e, partir delas, oferecer cursos de qualificação gratuitos.

Na prática, os empresários informam quais vagas deverão abrir em breve em cada região do Estado, o Executivo aciona instituições de ensino para, através de convênios como o Pronatec, abrir as formações necessárias. Assim que deixam as salas de aula, os profissionais ingressam no mercado de trabalho.

Ao todo, o Pacto Gaúcho pela Educação Profissionalizante, Técnica e Tecnológica gerencia 232 mil vagas de qualificação - 150 mil são exclusivamente pelo Pronatec. O Rio Grande do Sul é o estado brasileiro que mais qualificou trabalhadores através desse programa.

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