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Bins vê espaço para reforma tributária avançar no próximo ano

Bins Impostos ICMS Tributos
Secretário da Fazenda Luiz Antônio Bins participou do Meeting Jurídico, onde falou sobre mudanças que devem ocorrer nos impostos - Foto: Sefaz

Convidado para ser painelista do Meetiing Jurídico desta quinta-feira (29), evento organizado pela Federasul para debater mudanças no modelo tributário, o secretário da Fazenda, Luiz Antônio Bins, manifestou otimismo em relação ao avanço das reformas prioritárias a partir de 2019. “Se não pelo aspecto da chegada de um novo governo, mas pelo fim de um ciclo muito danoso para a sociedade brasileira que se manifestou na crise pior financeira que já vivemos, mas também uma crise moral”, afirmou o secretário. Ele antecipou alguns pontos de uma proposta em discussão junto ao Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) e que trará uma nova divisão de competências para a cobrança de impostos entre União, estados e municípios.

Uma das mudanças mais significativas se relaciona ao ICMS, principal tributo sobre o consumo, que passaria a incorporar os serviços hoje administrados pelos municípios (ISS). O rateio desta nova formatação do ICMS igualmente mudaria: 70% do arrecadado ficaria com os estados e 30%, para as prefeituras. Pelo modelo atual, esta partilha se dá na relação de 75% para 25%. “Esses cinco pontos percentuais a mais para os municípios serviriam exatamente para compensar a inclusão dos serviços neste novo ICMS”, explicou o secretário.

Bins salienta que o modelo em discussão no Confaz, organismo que reúne os secretários de todos os estados e Distrito Federal, aponta para a adoção de uma alíquota única e assim “dar fim à guerra fiscal”, mas também preservaria a autonomia dos entes federados para alterações diante de situações localizadas. O modelo igualmente busca simplificar a tributação sobre a renda, folha de pagamento, seguridade e os chamados impostos seletivos, de competência da União. “O mérito maior está em simplificar os processos, garantir segurança jurídica e assegurar que todos não tenham perdas de seus níveis de arrecadação atuais”, ponderou o secretário.

IPVA com as prefeituras

Outra mudança importante seria transferir para os municípios a tributação sobre propriedades e patrimônios, como o IPVA e o ITCD (impostos sobre herança e doações), que se somariam aos já existentes como IPTU, ITBI e o imposto sobre propriedade rural. “Por certo, para evitar uma guerra fiscal entre os municípios na questão do IPVAS, haveria a necessidade de uma lei completar para regular”, observou.

Para o secretário, o ideal serias o país debater antes das mudanças tributárias uma ampla reforma fiscal. “Deveríamos primeiro definir as atribuições e responsabilidades de cada nível da Federação sobre quem assume determina política pública e, partir disso, definir as fontes necessárias para viabilizar estes serviços para a população. Ver o quanto a sociedade estaria disposto a contribuir e que serviços ela espera”, destacou Bins.

A proposta, batizada de Reforma Tributária Ampla, deve ser finalizada ainda no mês de dezembro para ser levada para análise da nova equipe econômica que assume em janeiro e ao Congresso Nacional.  O Meeting Jurídico teve também a participação da diretora do Centro de Cidadania Fiscal, Vanessa Rahal Canado e os debates foram mediados pelo vice-presidente Jurídico da Federasul, Anderson Trautman Cardoso.

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