Cage colabora com órgãos de repressão na recuperação de recursos públicos
Auditores da setorial de auditorias extraordinárias da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul (Cage), integraram a força-tarefa de busca e apreensão de documentos relacionados à investigação de práticas criminosas contra a administração pública, contra a ordem econômica e tributária, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Segundo informações da Polícia Civil, os materiais coletados pela Operação Succedere, deflagrada na última quinta-feira (16), irão subsidiar a nova fase de investigação da rede usada por organização criminosa para lavar dinheiro obtido com fraudes em licitações, estelionato e agiotagem. Essa ação é um desdobramento daOperação Unionde 2021, realizada em conjunto com o Ministério Público (MP/RS), Polícia Federal e Procuradoria-Geral do Estado (PGE/RS).
A investigação apurou que o grupo atua há mais de 10 anos e teria movimentado mais de meio bilhão de reais. Esses recursos estariam sendo utilizados para compra e venda de bens, como casas e veículos de luxo. O objetivo nessa fase é recuperar os valores de origem ilícita que estariam sendo movimentados em contas bancárias em nome de pessoas próximas a organização.
“É importante ressaltar que o trabalho não acontece somente no dia da operação, a contribuição da CAGE é prévia, concomitante e posterior. Prévia quando os auditores realizam as auditorias e, encontrando indícios de crimes, encaminham os relatórios ao Ministério Público e à Polícia Civil. Concomitante, quando na operação integram as equipes de buscas com o propósito de apoiar na apreensão de provas. Posterior, quando alçados à função pericial, conforme previsto legalmente. A proposta do trabalho coordenado entre instituições é instruir os processos por equipes multidisciplinares formadas por auditores, promotores, agentes e delegados”, destaca o coordenador da setorial, Rodrigo Machado.
O trabalho realizado pela equipe especializada de auditores da Cage nesta e em outras operações da pela Polícia Civil, na seleção de provas consistentes e pertinentes aos objetivos das investigações de fraudes contra a Administração Estadual, corrobora a missão institucional de combate à corrupção, para boa governança dos recursos públicos.
"A Cage vem colaborando cada vez mais com órgãos de repressão como Polícia Civil e Ministério Público no enfrentamento à corrupção. É nosso papel estarmos sempre atentos desde as etapas iniciais e preventivas dos processos, mas também no apoio a órgãos que atuem de forma ostensiva na recuperação dos recursos públicos e punição aos responsáveis pelos desvios", destacou o Contador e Auditor-Geral do Estado Adjunto para Assuntos de Auditoria, Jociê Rocha Pereira.
Texto: Cage/ Ascom Sefaz/ informações da Polícia Civil