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RS tem a mais atualizada Matriz de Insumo Produto do Brasil

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A Fundação de Economia e Estatística divulgou uma nova Matriz de Insumo-Produto do Rio Grande do Sul, atualizada para o ano de 2003 (MIP-RS 2003). Essa matriz é a mais atual na comparação com outros Estados e com o próprio país. Até então, a última MIP-RS referia-se a 1998.

O lançamento ocorreu nesta quinta-feira na FEE, com a presença do presidente da Fundação, Adelar Fochezatto, do secretário da Fazenda, Aod Cunha de Moraes Junior, da secretária adjunta do Planejamento e Gestão, Ana Severo, além do presidente do Banrisul, Fernando Lemos. As informações estão disponíveis para pesquisa no site www.fee.rs.gov.br.

Segundo o economista Alexandre Porsse, coordenador do trabalho, o banco de dados da MIP-RS 2003 contém aproximadamente 70.000 informações estatísticas que fornecem um retrato completo e consistente da economia gaúcha, identificando todas as relações de interdependência setorial e entre agentes produtivos.

Essas informações são desagregadas para 45 setores e 80 produtos, permitindo mensurar os efeitos multiplicadores diretos e indiretos de cada setor sobre a economia. Foram calculados multiplicadores para quatro variáveis básicas da economia: produção, Valor Adicionado, emprego e rendimento. Essa nova versão da MIP-RS também disponibiliza dados de emprego, rendimento e consumo desagregados por 8 classes de renda, possibilitando avaliar o impacto de políticas econômicas sobre a desigualdade e a pobreza.

 

Entre os principais resultados da MIP-RS 2003, destacam-se:

 

- O setor de serviços apresenta a maior participação no Valor Adicionado do RS (55,9%), seguido da indústria (29,8%) e da agropecuária (12,1%).

 

- No cálculo do PIB pela ótica da demanda, o consumo das famílias representa 57,9%, a formação bruta de capital representa 15,5% e o consumo do governo representa 16,4%. O saldo da balança comercial internacional é positivo, com as exportações e importações internacionais representando, respectivamente, 18,7% e 10,9%.  O saldo da balança comercial interestadual também é positivo, com as exportações e importações interestaduais representando, respectivamente, 46,1% e 43,7%. Esses resultados apontam que a economia gaúcha possui forte relação de interdependência com o resto do país.

 

- No cálculo do PIB pela ótica da renda, constatou-se que o Excedente Operacional Bruto dos setores produtivos representa 42,3% do PIB, seguido da remuneração dos empregados (37,0%), dos impostos sobre a produção (13,2%) e da remuneração dos autônomos (7,5%).

 

- Considerando as ligações intersetoriais, a montante (para trás) e a jusante (para frente) sobre a produção, cinco setores podem ser classificados como setores-chave na economia gaúcha: refino de petróleo, químicos diversos, transporte, pecuária e pesca e comunicações. Esses setores geralmente apresentam efeitos multiplicadores acima da média quando estimulados, ou seja, o desempenho desses setores gera um impacto relativamente mais forte na economia gaúcha. Outros treze setores apresentam efeitos multiplicadores acima da média, mas somente a montante: fabricação de óleos vegetais, abate de animais, laticínios, beneficiamento de produtos vegetais, fabricação de calçados, fumo, outros produtos alimentares, plástico, farmacêutico e perfumaria, autoveículos, borracha, têxtil, madeira e mobiliário e indústrias diversas. E, outros cinco setores apresentam efeitos multiplicadores acima da média somente a jusante: agricultura, comércio, serviços prestados às empresas, serviços industriais de utilizada pública e instituições financeiras.

 

- Na comparação entre 1998 e 2003, constatam-se algumas mudanças estruturais relevantes sobre a cadeia produtiva gaúcha. Embora setores tradicionalmente ligados ao agronegócio tenham apresentado grande variação no multiplicador da produção, alguns setores fora desse segmento também expandiram significativamente suas inter-relações no sistema produtivo. O setor de material de transporte, no qual se insere a indústria automobilística, foi o que apresentou maior crescimento no multiplicador da produção entre 1998 e 2003 (45,8%). Tal resultado está associado aos investimentos nesta cadeia ao longo do período, com especial destaque para a GM no ramo de automóveis e para a fabricação de ônibus, caminhões e peças. Outro setor com significativo crescimento neste indicador foi material elétrico e eletrônico (34,8%), sendo um setor em que a economia gaúcha ainda não possui grande especialização na comparação com o resto do país.

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