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Pesquisa mostra impacto da pandemia e inflação no uso do aplicativo Menor Preço

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Estudo revela importância do aplicativo na redução do contágio do vírus - Foto: -

Serviço digital desenvolvido pela Receita Estadual registrou aumento do engajamento no pico da crise sanitária e com variação inflacionária

Um estudo divulgado em outubro na revista científica Administrative Sciences mensurou o impacto da pandemia do novo coronavírus e da variação inflacionária no uso do aplicativo Menor Preço Brasil, ferramenta de consulta a valores praticados no mercado desenvolvida pela Receita Estadual em parceria com o Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs). O artigo inaugura a edição especial sobre os desafios e as tendências dos governos digitais.

A pesquisa identificou uma correlação entre o aumento no número de casos de contágio da covid-19 com o engajamento no aplicativo de preços. Conforme o estudo, que coletou dados entre 1º de janeiro de 2020 e 28 de dezembro de 2022, a elevação de 1% nos casos de covid-19 refletiu em um aumento de 0,2% nas consultas ao aplicativo – o equivalente a um pico mensal de mais de 2 milhões de buscas. A busca por ofertas em locais mais próximos das residências, de acordo com a pesquisa, foi um dos fatores que reduziram o risco de espalhamento da doença.

Em março de 2020, momento em que os primeiros casos de covid-19 foram confirmados no país, algumas alterações de usabilidade do aplicativo também impulsionaram as consultas na ferramenta. O app passou a oferecer um atalho para consulta exclusiva de itens como máscaras, luvas e desinfetantes para as mãos, produtos de proteção sanitária com alta demanda naquele período. Também eliminou-se temporariamente a exigência de cadastro do CPF e uso de senha, permitindo que qualquer cidadão utilizasse a ferramenta. As mudanças fizeram com que o app registrasse um pico de procura em agosto daquele ano, com 2,5 milhões de consultas a produtos.

A elevação do engajamento no aplicativo durante a pandemia, segundo os pesquisadores, também é explicado em parte pelo fato de as buscas de preços identificarem estabelecimentos que ficam em um raio de 3 km do usuário – instrumento que oferece ao consumidor um valor atrativo próximo da sua residência em um contexto de restrição de mobilidade devido ao alto risco de contágio.

O cruzamento estatístico também revelou que a variação positiva de 1% no índice de inflação oficial do país (IPCA), registrada em um determinado período da crise sanitária, resultou no crescimento de 8,6% no volume de pesquisas no app. Para os pesquisadores, a correlação sinaliza que o aumento do preço médio dos produtos estimula os consumidores a recorrerem a mecanismos digitais de pesquisa por ofertas. Durante o período analisado pelo estudo, o índice de inflação do país acumulou alta de 21%.

De acordo com Jorge Luis Tonetto, auditor-fiscal da Receita Estadual e um dos autores do estudo, a conclusão estatística da pesquisa reforça a importância da disponibilização de serviços digitais públicos que facilitem tarefas cotidianas dos cidadãos, como uma simples ida ao supermercado.

“Uma das análises que podemos fazer é sobre a grande utilidade de aplicativos como o Menor Preço em situações extremas como crises sanitárias, que causam restrições de mobilidade física e desafios no acesso a bens e serviços”, avalia. Para Tonetto, o estudo estimula a criação de mais serviços digitais com base em dados públicos.

Outra conclusão do estudo é a confirmação da aversão ao risco, conceito trazido pela economia comportamental, que revela a importância da transparência e confiança na relação entre Estado e fisco. O artigo aborda ainda a evolução do governo digital, tendências observada em países como China e Índia. A pesquisa ainda suscita temas relacionados à Digital Divide, Inteligência Artificial, Internet das Coisas e uso de algoritmos.

Além de Tonetto, assinam o artigo Adelar Fochezatto, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), e Josep Piqué, presidente da Associação da Triplíce Hélice.

Mais sobre o app Menor Preço

O aplicativo Menor Preço Brasil é uma versão a nível nacional do pioneiro Menor Preço da Nota Gaúcha, serviço digital desenvolvido pela Receita Estadual gaúcha com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e utilizado por diversos estados em parceria com o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). A ferramenta identifica, em tempo real, os preços mais baratos praticados no comércio. Na versão gaúcha da ferramenta, o usuário pesquisa os menores valores de um produto em mais de 300 mil estabelecimentos do Estado, entre lojas, farmácias, postos de gasolina e supermercados. 

A base de dados do aplicativo é alimentada pelos valores informados nas Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) e Notas Fiscais de Consumidor Eletrônicas (NFC-e) emitidas para os consumidores pelas empresas credenciadas no programa Nota Fiscal Gaúcha (NFG). Em 2022, a ferramenta processou mais de 2 bilhões de documentos fiscais e registrou 12,3 mil consultas, cujos resultados informaram o preço de 372 milhões de itens gerais. 

Em maio, foi publicado outro estudo relacionado a projetos da Secretaria da Fazenda. Assinada por Jorge Luis Tonetto, Giovanni Padilha (subsecretário adjunto da Receita Estadual) e Adelar Fochezatto, a pesquisa analisou o impacto do Devolve ICMS no poder de compra dos beneficiários.

Texto: Ascom Sefaz

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