Sartori participa de seminário para gestores do governo e diz que é hora de refazer o poder público no RS

O governador José Ivo Sartori reafirmou nesta terça-feira (7), durante seminário interno que reuniu responsáveis pelas áreas administrativas e financeiras de todos os órgãos do governo, sua convicção de que o Rio Grande do Sul conseguirá superar o momento de extrema dificuldade das suas finanças. "Não me falta coragem para fazer o que precisa ser feito. É preciso refazer as funções do poder público para que a sociedade receba bons serviços", afirmou o governador.

Sartori ressaltou que o governo já iniciou um processo de gestão estabelecendo metas para a administração estadual, onde será possível cobrar resultados sobre o desempenho de cada setor. "São muitos os nossos desafios diante das dificuldades financeiras, mas trabalhando coletivamente e com respeito à sociedade, é possível prestar um bom serviço público”, frisou.

O secretário da Fazenda, Giovani Feltes, aproveitou o encontro para apresentar aos gestores do governo a mesma explanação sobre a crise nas finanças que vem realizando em cidades do interior do RS através da Caravana da Transparência. Feltes ressaltou o quanto uma gestão mais responsável sobre os gastos auxiliará o Estado a superar o rombo de R$ 5,4 bilhões previsto para este ano. “Nas últimas quatro décadas, invariavelmente gastamos mais do que arrecadamos, perdendo ano após ano nossa capacidade de investir em obras. Agora a situação é crítica porque esgotamos todas as nossas fontes para financiar o déficit”, resumiu o secretário.

Maior eficiência no gasto público - O 1º Encontro de Gestores Administrativos e Financeiros, organizado pelo Tesouro do Estado, reuniu no auditório do Palácio da Justiça perto de 200 representantes de todas as secretarias, fundações, autarquias e empresas públicas. Para o subsecretário do Tesouro, Leonardo Maranhão Busatto, uma correta orientação aos gestores sobre as diretrizes na execução do Orçamento deste ano trará bons resultados para a sociedade. “A ideia é propor alternativas para que as despesas de cada setor estejam adequadas às cotas estabelecidas para todo o ano, alcançando maior eficiência nos seus gastos na prestação final dos serviços ao cidadão”, desatacou Busatto.

Desde o mês passado, no esforço do governo em economizar R$ 1,07 bilhão e reduzir a distância entre as receitas e as despesas, um decreto estabeleceu cotas para o custeio de cada secretaria. Ainda durante o encontro, houve o lançamento do Programa de Qualidade de Gasto Público, uma ferramenta que tem por finalidade melhorar a gestão financeira.